16.1.09

Miguel Torga


No aniversário da sua morte, aqui presto a minha homenagem a um grande Português: Miguel Torga



Súplica




Agora que o silêncio é um mar sem ondas,


E que nele posso navegar sem rumo,


Não respondas


Às urgentes perguntas


Que te fiz.


Deixa-me ser feliz


Assim,


Já tão longe de ti como de mim.




Perde-se a vida a desejá-la tanto.


Só soubemos sofrer, enquanto


O nosso amor


Durou.


Mas o tempo passou,


Há calmaria...


Não perturbes a paz que me foi dada.


Ouvir de novo a tua voz seria


Matar a sede com água salgada.

2 comentários:

PURO AMIGO disse...

Olá boa noite
Obrigado pela amável visita, está bem lembrado um gesto a tão bom escritor.
Depois volterei com mais tempo pois é uma das coisas que tenho tido muito pouco.
Amizade
Miguel

João Videira Santos disse...

Voar por aí e poisar num poema de Miguel Torga é, seguramente, poisar no paraíso